quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Espelho Fragmentado

Olhando para a rua embaixo de casa...
Vejo os moradores de rua com seus rostos tão aparentemente felizes.

- Mas, mãe, como podem ficar tão felizes se estão debaixo da chuva, sozinhos e passando fome?

- É tudo como um grande carrossel...

Tem seus dias coloridos e mágicos,
Em que tudo os fazem abrir um sorriso no rosto, como se fosse uma criança em um grande carrossel,
E como tem a simplicidade como lei de sobrevivência,
Mesmo não sendo notados...
Tem seus dias que precisam mudar de cidade... como todo parque de diversão.
Conhecer novos ares, novos horizontes, chamar a atenção de outras pessoas. Como um malabarista cego.
Muitas das vezes isto se torna uma necessidade.
Tem seus dias que se quebram, que vão perdendo a cor e precisam ser consertados e renovados.
Mas a música sempre está tocando e nunca é tarde demais para os anjos que o-estão protegendo,
Basta acreditar firmemente que estão ali.
São como crianças alegres brincando em seu carrossel
Uma ou outra pode cair e se machucar,
Mas não espere por ninguém para lhe ajudar, é só se levantar!

Ei, Não consegue ouvir o som?

Pense na sua música predileta e imagine-o rodando e rodando, com suas cores e seu brilho ofuscante fazendo todas as pessoas... não importa o quanto tristes foram... por quantas perdas sofreram e quanto de dinheiro elas tem...
Todas estão tão misteriosamente felizes, que já nem ligam mas para isso.

- Ual! Funciona mesmo mãe. Vou sonhar com todos os tipos de carrosséis, das mas diversas cores e cavalinhos me guiando sempre com seus anjinhos ao meu lado.


















Amanda Britto Barrozo

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