quinta-feira, 5 de novembro de 2015


A Estória da Castanha


Essa é a estória de mais um humano concentrado em seu próprio ego.
- Jasmim! Peça ao seu avô para vir aqui que eu tenho que discutir com ele sobre o síndico do prédio. E tome isto, garota! Leve para aquele malcriado do seu irmão que quer comprar cigarro!
A menina não responde e coloca o dinheiro no bolso.
- Jasmim! Você é a pessoa que menos compreende a nossa situação, Jasmim! Você não vê que temos que juntar dinheiro para começar a produzir metanfetamina?!
A menina compreende e acena a cabeça.
- Jasmim! Seu avô está chegando, corre pro quarto da frente!
A menina corre e vê seu avô apertado para ir ao banheiro.
- Jasmim! Venha ajudar seu avô! Ele está bêbado!
Pai, espera. A menina fala
Olha só pai, minha inteligência é melhor que a sua, estou ouvindo o senhor falando comigo o tempo todo, 
mas me fale para fazer apenas coisas do bem. Eu sou apenas uma pequena menina de Deus e não quero mais escutar seus pensamentos hipócritas que excitam o diabo... E eu nem sei se o Diabo existe, mas com certeza Deus existe e ele não gostaria que você fizesse isso.Sabe por que? Olhe essa castanha. Olha, anda, vamos, estou pedindo para olhar. Está vendo como ela é pequena? Todos os sentimentos estão dentro dela, e você está preso num círculo curioso e excêntrico que te põe em risco quando experimenta paixões cruéis, daquelas mais apaixonantes que é a droga. E ela faz de tudo pra te botar num pedaço de castanha. E você fica assim, concentrado em ficar dentro da castanha. Pai, vai procurar o que fazer, afortunados são os que coletam várias castanhas e libertam quebrando-as e comendo-as. Pai, vai comer uma castanha. Fale pro vovô comer uma também. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

...Vermelho da Cor do Pecado...


O medo transparece a alma que se negligencia. O horror de estar só, derrama em ti sua bravura. Mais por quê és tão lindo? Na imensidão vejo seu rosto e me perco em dissabor com o pecado. A embriaguez de dar um basta em um beijo roubado desperdiça índices de lástimas. Ser o que você não é, é apenas discutir com seu próprio útero, e a tese é grande. A amizade não é compreendida quando duas pessoas forçam uma saída. A arte de enganar é precoce quando não há risos e é hostil, porque é só um pedaço de carne que você põe na boca e chupa. A humanidade é previsível demais para saber que vai lhe mandar à merda! Só omite quem bota a boca, só ganha quem sabe discursar. A vida é um gozo e o maior deles nos deixa com algum marasmo de auto-conhecimento. Você chora, e até surta... Mas olhe para o mar e não me peça mais favores.

  • Meu pensamento de querer me levantar e cair no chão por pura desordem passageira, me faz sentir uma abreviação curta igual quando tinha 10 anos. Recheios de bolo e brigadeiros não me enfeitiçam mais, porém, essa vida desigual onde carrego toda negatividade me faz sentir que estou num lugar quente. Mas era só o calor da praia. E eu amava praia, amava tanto que corria nas areias como um cachorro corre até, quando não há mais pra correr. E eu só quis pegar na sua mão olhar fundo nos seus olhos, piscando de tanto estar nervosa e disse "Corra, corra senão você vai ver uma coisa muito pior". Essa falha distorcia minha visão porque nunca tive tanto dinheiro. Era de tantas tarefas que fiz no colégio mas que sempre esquecia no carro. E enfim, agradecia a Deus por sua negligencia.

sábado, 16 de junho de 2012

Fugaz

Contos e mentiras, estrategia tao fugaz lembra quando me chamava de menina?
agora me viro pro mundo e me perco dentro de um copo de álcool e encontro-me nos personagens de novelas e diante de um minuto no telefone me vejo tao perto de sua voz mais tao distante de ti.
Agora olho para o céu e parece que tudo passa. Mais já olhou pra lua e pediu ajuda como se estivesse faltando ar? Tento te dizer que as vezes sou insegura, eu não cresci assim, você me tornou desse jeito.

A Menina do Carrossel

Aquela menina que vi num simples carrossel
Era um velho brinquedo, sem cor, com a musica mais sem freios e cintos rasgados.
Mais era único à divertir as crianças da cidade.
Já é mania que as pessoas tem, meu amor
De guardar as flores em sacolas plásticas
A menina do carrossel dizia: Socorro, minha mãe vem me fotografar, de fotos não gosto mais, meu Pai.
Aquele la de cima, pois o de verdade já não tinha mais.E onde vendes esta alegria?
Que entorna pela mesa e cai pelo chão, ate os bueiros...
A menina do carrossel só queria ouvir uma despedida 
que evitasse seus hábitos, cansou-se de emoldurar quadros de sua casa, 
cansou-se de elogiarem seus lindos olhos azuis e suas bochechas avermelhadas, 
como uma espatódea em primavera.
Dizia ela: Socorro, minha mãe adora me constranger, Pai diga a ela que sou como o carrossel da praça,insegura, sensível e com um triste pensar
Apenas rodo e rodo, do passado para o futuro, não quero mais voltar.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

15/11/11

Não sei o que me satisfaz. O tempo não pára. Tenho vergonha de mim mesma. A loucura me persegue. A euforia me trás lembranças de sonhos jogados fora. Tenho medo do que o futuro me reserva. E o que me contentava não me contenta mais. Quero viver. Quero me embriagar de amor. Quero afastar a lamúria e fazer o maior drama no maior teatro de nossas vidas.

sábado, 7 de maio de 2011

Mainha

Em uma vida melacólica
Seus desejos e suas vitórias
Marcadas pela ousadia

Um futuro inesperado
De uma nova esfera
Pudera eu trazer novas cores para a primavera?

Há de se dizer que uma menina à espera
Mas diga a ela que abertas estão as portas
Não precisa mais se sentir tão morta

Não és mas um bebê
De sorriso contagiante
E dúvidas inconstantes

Ao apreciar da vida
E de pequenas revoltas
Contra si mesma
Ela cresceu

Mainha
Costura sua bainha
Para expor em um grande museu

Mainha
Costura sua bainha
Para atenuar suas mazelas

E acender algumas velas
Para homenagear sua vida
Que ao nascer de uma menina
A tornou tão bela!