quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Olhar lascivo

Há dias em que me nega,
Servir-lhe seu exício
Que apresenta um ar altivo
Até a última lágrima cair,
Dura meu hábito passional
Qual coincidência me trás uma cura?
Deitar-me em teus ombros
E consolar seus aflitos
Aos pés do muro
Te ver indo embora...
Aos pés do muro
Te ver indo embora...

Seu olhar lascivo
Me rouba pedaços
Que pela má índole
Ferve até a boca
Arfava o peito
E me arqueja durante teu desdém

O que sobrou do resto
Não conteve a sede
Perante a noite confusa
Lembro-me de teu adeus
Que me fugiste
Mas deixaste em mim teu cheiro.

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