sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Porta da Saída

Haveria apenas paz
Se por um segundo
Cruzar-me os braços
E concordar com os demais?

Se no entanto me sinto
Andando num labirinto
Não há razão
Que impeça de ter meus instintos..

Lembrar que as estrelas à mil anos
Estão ali
E há cárceres por todo lugar
Que tentas se sentir livre

Por que não encontra um atalho?
Tráz de volta as memórias
E alimente este rosto lúrido
Com um pedido de perdão?


Haveria apenas o respeito
Condenado ao suplício
De odiar a si mesmo
Mas não querer ficar sozinho?

Lança-me ao mar
Mas não duvidaste da minha verdade
Ajude a nivelar-me
Apaziguar meus ânimos
Conter as incertezas
E o medo de perder

Contido com sorrisos discretos
De uma longa vida a conhecer
Rua cheia e escura
O estalo das portas
E o canudo na mão.

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