sábado, 6 de novembro de 2010

O inverso de corpos sonoros
É a natureza falhando contra o pessimismo. Mostrando-lhe a chave falsa para a porta das realizações. Enganando-lhe com a conformidade, de habituar-se aos costumes. A sagrada comunhão de fiéis todos aos domingos. A maldita fórmula de bilhões de séculos atrás da equação. A insônia persiste. O medo consome.

Para alguns, chegamos ao limite. Para outros, estamos em uma constante transformação, que a história nos deixou seus restos e tradições para carregarmos em nosso cotidiano. E tudo leva ao preconceito. Porque é diferente. É novo. Novos vícios, novas manias, novos remédios, novas técnicas de terapia...
Por isso há aquelas pessoas que se afastam do incomum.
É uma maneira de se prender ao passado.
De tentar resgatar tudo aquilo que se foi com o tempo.
Recusar-se a reconhecer que o mundo mudou. Abominar a cultura moderna, que faz com que a tecnologia desestruture nossas vidas, substituindo tudo o que havia de mais simples. Abalando nossa comunicação familiar e nos deixando cada vez mais estúpidos. Distantes, sedentários. Onde criamos uma vida virtual.
Um homem com seus desejos insaciáveis pode arranjar uma companheira com facilidade em alguns minutos de conversa em um bate-papo!
Qualquer pessoa pode assistir um velório online!!
Bingo! O problema é esse. Tá tudo muito moderno demais!!!
Estamos vivendo em um mundo superficial. As pessoas não se satisfazem! Um mundo que precisa ser recuperado de alguma forma. Talvez lançando outra forma de vício que não nos prenda a uma máquina!



Amanda Britto Barrozo

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